A Lenda do Guaraná
Conta a Lenda que em uma aldeia dos índios Maués havia um casal de índios muito tristes porque não podiam ter filhos. Pediram então, ao deus Tupã, que tornasse possível o seu desejo de serem pais. Tupã atendeu seu pedido e o casal teve um filho bonito, saudável, estimado por toda a tribo. Eles tiveram esse único filho que além de ser bonito, alegre e saudável, era muito querido por todos de sua aldeia, o que levava a crer que no futuro seria um grande chefe guerreiro.
Isto fez com que Jurupari, o Deus do mal, sentisse muita inveja do menino. Jurupari, resolveu então, matar o indiozinho. Um dia, Jurupari transformou-se em uma enorme serpente e, enquanto o indiozinho estava distraído, colhendo frutinhas na floresta, ela atacou e matou a pobre criança. Tupã mandou trovões ensurdecedores alertando os pais do perigo que o menino corria, mas não houve tempo até que a serpente matasse o menino com o seu veneno. Seus pais, que de nada desconfiavam, esperaram em vão pela volta do indiozinho, até que o sol foi embora.
Veio a noite e a lua começou a brilhar no céu, iluminando toda a floresta e o menino não apareceu. Seus pais já estavam desesperados com a demora do menino. Então toda a tribo se reuniu e saíram para procurá-lo. Quando o encontraram morto na floresta. Uma grande tristeza tomou conta da tribo. Ninguém conseguia conter as lágrimas. Neste exato momento uma grande tempestade caiu sobre a floresta e um raio veio atingir bem perto do corpo do menino. Todos ficaram muito assustados. A índia-mãe disse:
...É Tupã que se compadece de nós. Quer que enterremos os olhos de meu filho,
para que nasça uma fruteira, que será nossa felicidade. E assim foi feito. Os índios plantaram os olhos do indiozinho imediatamente, conforme o desejo de Tupã, o rei do trovão. O fruto dessa planta deveria ser dado para as pessoas sempre que elas precisassem ter energia.
Alguns dias se passaram e no local nasceu uma plantinha que os índios ainda não conheciam. Era o Guaranazeiro. É por isso que os frutos do guaraná são sementes negras rodeadas por uma película branca, muito semelhante a um olho humano.
1) Leitura e estudo do texto:
• Leiam o texto com atenção e destaquem os seguintes componentes da
narrativa conforme as cores indicadas:
Depois iremos fazer juntos no quadro a partir do que vocês identificaram
no texto.
• Em verde, pintem o cenário onde aconteceu a história.
• Em azul, pintem o tempo no qual ocorreu a história.
• Em amarelo, pintem os personagens da narrativa.
• Em rosa, pintem o acontecimento que deu origem à narrativa.
• Em laranja, pintem o problema da narrativa.
• Em roxo, pintem quem provocou o problema da narrativa.
• Em cinza, pintem qual foi o desfecho da narrativa.
Dar o tempo para os alunos fazerem a atividade.
Habilidade: localizar informações explícitas em um texto.
2) O que entristecia o casal de índios?
( A ) não terem condições de alimentar os filhos.
( B ) não poder ter filhos.
( C ) terem um filho muito doente.
( D ) o deus Tupã não atender seu pedido.
Habilidade: localizar informações explícitas em um texto.
3) Tupâ atendeu o pedido do casal com um filho:
( A ) triste, sozinho e feio.
( B ) mal visto pela aldeia.
( C ) bonito, saudável e estimado por todos.
( D ) bonito, saudável e odiado por todos.
Habilidade: estabelecer relação de causa e consequência entre partes e
elementos de um texto.
4) O que Jurupari fez para matar o indiozinho?
A inveja que sentia do menino.
Habilidade: localizar informações explícitas em um texto.
5) O que o deus Tupã fez para tentar salvar o menino da maldade de
Jurupari?
Mandou trovões ensurdecedores para alertar os pais do perigo que o
menino corria, mas os pais do indiozinho não entenderam.
Habilidade: estabelecer relação de causa e consequência entre partes e
elementos de um texto.
6) Por qual motivo a tribo se reuniu e sair à procura do indiozinho?
O desespero dos pais do indiozinho com a sua demora para voltar para
casa.
Habilidade: localizar informações explícitas em um texto.
7) Qual o sentimento da tribo ao encontrar o indiozinho morto?
( A ) surpresa.
( B ) tristeza.
( C ) raiva.
( D ) euforia.
Habilidade: localizar informações explícitas em um texto.
8) Como a índia mãe interpretou a grande tempestade?
Como uma mensagem do deus Tupã para enterrarem os olhos de seu filho,
de onde nasceria uma fruteira que seria sua felicidade e seu fruto deveria
ser dado às pessoas sempre que precisassem de energia.
Habilidade: localizar informações explícitas em um texto.
9) O que aconteceu após os índios cumprirem o desejo do deus Tupã?
Alguns dias se passaram e no local nasceu uma plantinha que os índios
ainda não conheciam. Era o Guaranazeiro.
Habilidade: localizar informações explícitas em um texto.
10) Como chamaram a semente que nasceu da plantinha e para o quê ela
servia?
Chamaram a semente que nasceu da planta de guaraná que servia para
dar energia para as pessoas. É essa finalidade que o guaraná tem até
hoje entre nós.
Habilidade: inferir uma informação implícita em um texto.
11) Ao ler o texto, podemos dizer que:
( A ) a inveja é um sentimento que promove felicidade.
( B ) a inveja é um sentimento bom e saudável.
( C ) a inveja dá a toda história um final feliz.
( D ) a inveja pode impedir que uma história tenha um final feliz.
Habilidade- Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto,
marcadas por conjunções, advérbios, pronomes etc.
12) No trecho: “mas não houve tempo até que a serpente matasse o
menino”. A palavra em negrito dá ideia de:
( A ) dúvida.
( B ) afirmação.
( C ) negação.
( D ) condição.
Habilidade: identificar o conflito gerador e os elementos que constroem a
narrativa/ Identificar o efeito de sentido da pontuação e outras notações.
13) Há diálogos na narrativa? Como sei disso?
Não há diálogos na narrativa. Os personagens não conversam entre si.
Sabe-se disso porque no texto só o narrador fala, com exceção de uma
fala da mãe do indiozinho e porque não há travessões para indicar a troca
de falas entre os personagens.