Título: "O Arraiá do Jeca Jerivaldo"
Na roça de São Bentinho, todos conheciam o Jeca Jerivaldo, um caboclo simples, mas cheio de alegria e histórias pra contar. A festa junina se aproximava, e o burburinho era grande. Dona Maricota, sua vizinha, já tinha começado a fazer os preparativos: a fogueira estava quase pronta, os bandeirinhas balançavam ao vento e o cheiro de canjica e quentão já invadia o ar.
— Ô, Jeca! — gritou Seu Tonho do açougue. — Ocê já arrumou seu traje pra festança?
Jeca Jerivaldo, que estava ocupado dando comida pros porquinhos, respondeu:
— Ô, Seu Tonho, tô aqui na lida com os bichinho, mas hoje de tarde vou lá na venda do Seu Zé comprar um chapéu novo e uma camisa xadrez daquelas bem bão!
No fim da tarde, Jeca pegou sua bicicletinha velha e rumou pra venda. No caminho, encontrou Zé Pintado, que já vinha com uma cesta cheia de mantimentos.
— E aí, Jeca, pronto pra festa? — perguntou Zé, sorridente.
— Pronto que nem pão quente, Zé! Só falta pegar umas coisa lá na venda e tá tudo certo. E ocê?
Zé Pintado deu uma risadinha:
— Eu tô que nem cavalo de carroça, cheio de coisa pra fazer, mas tô animado demais!
Na venda do Seu Zé, Jeca Jerivaldo encontrou tudo que precisava: chapéu de palha, camisa xadrez, e até uma calça remendada com uns retalhos coloridos.
No dia da festa, a comunidade toda estava reunida. A fogueira ardia brilhante no meio do terreiro, e a música sertaneja tocava alegremente. Jeca Jerivaldo apareceu vestido a caráter, arrancando risadas de todo mundo com seu traje e seu jeito desengonçado.
— Olha só quem chegou, o rei do arraiá! — gritou Seu Tonho, puxando Jeca pro meio da roda.
— É isso mesmo, pessoal! — disse Jeca, com um sorriso maroto. — Vim pra dançar quadrilha e comer pamonha até não aguentar mais!
A noite foi passando com muita dança, comida boa e causos engraçados. Lá pelas tantas, Jeca Jerivaldo, meio tropeçando de tanto quentão, resolveu mostrar seu talento na sanfona. A música saiu meio desafinada, mas o pessoal caiu na risada e começou a dançar mais ainda.
No final da noite, quando já se preparavam para soltar os fogos, Jeca resolveu fazer uma última graça. Pegou um balãozinho colorido, encheu de gás e soltou no meio da fogueira. A explosão foi tão grande que assustou todo mundo, mas logo o susto virou gargalhada.
— Eita, Jeca! — gritou Dona Maricota. — Tu quase fez a gente perder o chapéu de susto!
Jeca Jerivaldo, rindo tanto que mal conseguia falar, respondeu:
— Mas o importante é que a festa foi boa demais da conta, não é, pessoal?
E assim, com risadas e alegrias, a festa junina de São Bentinho se encerrou, deixando na memória de todos mais uma história divertida para contar nos anos seguintes.
Ensinamento:
A alegria e a simplicidade das festas de comunidade nos lembram que o mais importante não são os preparativos perfeitos, mas sim a união, a diversão e os momentos compartilhados com os amigos e familiares. No final das contas, é a risada e o amor que fazem qualquer festa ser inesquecível.
Perguntas sobre "O Arraiá do Jeca Jerivaldo"
Qual era a ocupação de Jeca Jerivaldo quando Seu Tonho do açougue perguntou sobre o traje para a festa?
- a) Estava dançando quadrilha.
- b) Estava dando comida pros porquinhos.
- c) Estava fazendo pamonha.
- d) Estava decorando o arraial.
Quem encontrou Jeca no caminho para a venda do Seu Zé?
- a) Dona Maricota.
- b) Seu Tonho.
- c) Zé Pintado.
- d) Seu Zé.
O que Jeca Jerivaldo comprou na venda do Seu Zé para a festa?
- a) Uma sanfona e uma fogueira.
- b) Uma camisa xadrez e um balão colorido.
- c) Um chapéu de palha, uma camisa xadrez e uma calça remendada.
- d) Uma cesta de mantimentos e um quentão.
Qual foi a reação das pessoas quando Jeca Jerivaldo apareceu na festa?
- a) Fizeram silêncio e ficaram sérios.
- b) Riram e o chamaram de rei do arraiá.
- c) Começaram a dançar imediatamente.
- d) Foram embora.
O que Jeca Jerivaldo resolveu fazer no final da festa que quase assustou todo mundo?
- a) Contar uma história de terror.
- b) Soltar fogos de artifício.
- c) Mostrar seu talento na sanfona.
- d) Soltar um balãozinho colorido na fogueira.
Qual foi a resposta de Jeca Jerivaldo quando Dona Maricota disse que ele quase fez todo mundo perder o chapéu de susto?
- a) "Foi sem querer, gente!"
- b) "Desculpem, pessoal!"
- c) "Mas o importante é que a festa foi boa demais da conta, não é, pessoal?"
- d) "Vou me comportar melhor da próxima vez."
Qual ensinamento pode ser extraído da crônica sobre Jeca Jerivaldo?
- a) A importância de se preparar bem para uma festa.
- b) A necessidade de ter tudo perfeito para uma boa festa.
- c) A união, a diversão e os momentos compartilhados são mais importantes que os preparativos perfeitos.
- d) A importância de evitar sustos em festas.
Qual expressão caipira foi usada por Jeca Jerivaldo para indicar que estava animado para a festa?
- a) "Pronto que nem pão quente."
- b) "Tô na lida com os bichinho."
- c) "Tô que nem cavalo de carroça."
- d) "Cheio de coisa pra fazer."
Como foi descrita a comunidade de São Bentinho na preparação para a festa junina?
- a) A fogueira estava quase pronta e o cheiro de canjica e quentão já invadia o ar.
- b) Todos estavam desanimados e a festa não tinha muitos preparativos.
- c) A fogueira estava acesa, mas não havia bandeirinhas.
- d) Apenas algumas pessoas estavam se preparando.
O que fez a música da sanfona de Jeca Jerivaldo no final da noite?
- a) Saiu perfeitamente afinada.
- b) Fez todos ficarem sérios.
- c) Saiu meio desafinada, mas fez o pessoal rir e dançar mais ainda.
- d) Foi ignorada por todos.