A Lenda de Kahinde e as Cachoeiras das Profundezas
Há muito tempo, em uma aldeia isolada entre montanhas e florestas, vivia Kahinde, um guerreiro conhecido por sua bravura e força inigualáveis. Seu povo vivia em paz, alimentando-se das águas cristalinas do rio e cultivando suas plantações nas margens férteis. Porém, essa tranquilidade foi ameaçada quando seres misteriosos das profundezas começaram a assombrar o rio. Diziam que eram espíritos antigos e deuses das águas que se enraiveciam cada vez que alguém se aproximava das margens, engolindo quem ousasse desafiar seu poder.
Esses espíritos traziam tempestades violentas e maldições que faziam os peixes desaparecerem, e a aldeia entrou em desespero. As águas que antes eram fonte de vida se tornaram símbolo de terror, e todos passaram a temer as Cachoeiras das Profundezas, onde o rio descia ferozmente entre as pedras. Em meio à escuridão, Kahinde decidiu que era sua responsabilidade proteger seu povo e restaurar a paz. Assim, ele se preparou para enfrentar os deuses das profundezas.
Na noite da lua cheia, Kahinde fez sua última despedida. Reunido com os anciãos e os guerreiros, seguiu em silêncio até as margens traiçoeiras do rio. Com o peito cheio de coragem e o coração determinado, ele entrou nas águas geladas e enfrentou o rio turbulento até chegar à entrada das cachoeiras. Ali, os deuses das profundezas esperavam por ele, como sombras espreitando das fendas escuras nas rochas.
Kahinde lutou bravamente contra as forças invisíveis que o puxavam para o fundo das águas. Ele invocava o espírito de seus ancestrais e sua própria força, mas cada onda o afundava mais nas profundezas das cachoeiras. Em seu último grito, Kahinde fez um juramento aos deuses: ele daria sua vida para apaziguar sua ira, mas, em troca, eles deveriam proteger seu povo para sempre. E assim, num redemoinho de águas e sombras, Kahinde desapareceu, levando a ira dos deuses com ele.
Desde então, a aldeia voltou a prosperar, e as águas das Cachoeiras das Profundezas tornaram-se calmas e generosas. Mas, ao entardecer, ainda se ouvem os ecos do corajoso Kahinde, guardião eterno das cachoeiras, e o povo nunca esqueceu o sacrifício daquele que deu sua vida para salvá-los.
Compreensão e Interpretação de Texto
- Identificação de informações explícitas (D1): Quem é o personagem principal da lenda e qual é sua missão?
- Inferência de informações implícitas (D2): Por que você acha que Kahinde decidiu enfrentar os deuses das profundezas sozinho?
- Reconhecimento do efeito de sentido (D7): Que efeito o sacrifício de Kahinde causa no leitor? Como ele contribui para a atmosfera trágica da lenda?
- Estabelecimento de relação causa e efeito (D10): Qual foi o efeito da luta de Kahinde contra os deuses na vida de seu povo?
Identificação de Estrutura e Elementos do Texto
- Identificação do tema (D3): Qual é o tema principal da lenda? Explique com suas próprias palavras.
- Reconhecimento do conflito (D4): Qual é o conflito enfrentado por Kahinde na lenda?
- Reconhecimento da estrutura narrativa (D5): A lenda segue uma estrutura de início, desenvolvimento e desfecho. Qual é o momento de maior tensão na história?
Aspectos Gramaticais e Ortográficos
- Identificação de dígrafos e encontros vocálicos/consonantais (D12): Encontre e destaque três palavras da lenda que contêm dígrafos ou encontros consonantais. Quais são elas?
- Identificação do uso de adjetivos para descrever personagens e cenário (D13): Quais adjetivos são usados para descrever Kahinde e o cenário das cachoeiras? Que efeito eles causam no leitor?
Produção Textual e Escrita Criativa
- Reescrita de um trecho com variação de linguagem (D19): Reescreva a parte em que Kahinde enfrenta os deuses das profundezas, mas usando uma linguagem mais coloquial.
- Produção de final alternativo (D20): Escreva um final alternativo para a lenda. O que aconteceria se Kahinde conseguisse vencer os deuses das profundezas sem precisar se sacrificar?